Em projetos aeroportuários, a aerofotogrametria se aplica para melhorar a eficiência e a precisão da medição, fornecendo uma referência importante para esses projetos.
No Brasil, existem mais de 3.000 aeródromos, incluindo heliportos e pistas de pouso de pequeno porte, bem como, aeroportos que operam voos comerciais.
Todos esses aeródromos estão sujeitos às normas vigentes da Agência Nacional de Aviação Civil e pelo Comando da Aeronáutica.
Entendendo a legislação para projetos aeroportuários
Para obter o pleno atendimento às normas de organização das áreas de aeródromos faz-se necessária a correta espacialização dos elementos contidos nessas áreas.
Atendendo aos requisitos normativos de precisão e acurácia planimétrica e altimétrica, dentro da legislação a seguir:
- ICA 11-408, de 2020 – Dispõe sobre as restrições aos objetos projetados no espaço aéreo que possam afetar adversamente a segurança ou a regularidade das operações aéreas, e dá outras providências.
- ICA 63-19, de 2020 – Critérios de Análise Técnica da Área de Aeródromos.
- ICA 11-3, de 2020 – Processos da Área de Aeródromo no Âmbito do COMAER.
- TC 53-2, de 2019 – Catálogo de Requisitos de Dados e Informações Aeronáuticas.
- Informações no portal http://servicos.decea.gov.br/aga
PBZPA – Plano Básico de Zona de Proteção de Aeródromos
A ICA 11-408 de 14 de dezembro de 2020, apresenta o PBZPA estabelecendo as restrições relativas às implantações que possam afetar adversamente a segurança e a regularidade das operações aéreas.
O PBZPA tem a definição em função das superfícies limitadoras de obstáculos de aeródromo e com base no planejamento aeroportuário aprovado pela ANAC.
No aeródromo onde exista mais de uma pista, aplica-se um único PBZPA composto das respectivas superfícies de aproximação, decolagem, transição, aproximação interna, transição interna e pouso interrompido para cada cabeceira, pela superfície de proteção do voo visual para cada pista e por uma única superfície horizontal interna, cônica e horizontal externa para todas as pistas.
Quando houver sobreposição das superfícies de proteção do voo visual para cada pista, será aplicada uma única superfície de proteção do visual para todas as pistas, obtida por meio da concordância das áreas sobrepostas formando blocos contendo as altitudes equivalentes.
Desde a implantação da extinta Portaria 957/GC3 de 2015 a área da zona de proteção foi ampliada para um raio de 20Km da pista, onde o administrador aeroportuário local tem que estabelecer, implementar e apresentar, ao Órgão Regional do DECEA, um plano de monitoramento, com vistas a identificar objetos que possam causar efeito adverso à segurança ou à regularidade das operações aéreas e, ainda, eventual inobservância das diretrizes de sinalização e iluminação de objetos.
Uso da aerofotogrametria com geração de Modelo Digital de Superfície pode fornecer melhores informações e promover maior facilidade no processo de monitoramento.
PZPANA – Plano de Zona de Proteção de Auxílios à Navegação Aérea
O PZPANA é definido em função das superfícies limitadoras de obstáculos de auxílios à navegação aérea. As superfícies limitadoras de obstáculos de auxílios à navegação aérea, têm por finalidade disciplinar a ocupação do solo.
Dessa forma, visa garantir a integridade dos sinais eletromagnéticos ou sinais luminosos transmitidos por esses auxílios.
O PZPANA deverá incluir todos os auxílios à navegação aérea instalados dentro da área patrimonial do aeródromo, bem como, os instalados fora da área patrimonial para atender às necessidades operacionais desse aeródromo.
A aerofotogrametria em projetos aeroportuários
Anteriormente, os trabalhos de levantamentos de obstáculos, nas áreas do PBZPA, eram feitos por topografia, a partir de leituras com estações totais.
Esse método é ineficiente e fácil de ser interferido por outros fatores, por isso é difícil atender às necessidades de medição em larga escala.
Além disso, cobre uma distância de aproximadamente 5km, não sendo possível identificar obstáculos que se encontram atrás de outras barreiras como ocorre em morros e colinas, por exemplo.
Como a área de abrangência do PBZPA aumentou para um raio de 20 km, o ideal é gerar um Modelo Digital de Superfície (MDS).
O MDS é um conjunto de pontos com coordenadas conhecidas em um determinado sistema de referência cartográfica, equidistantes ou não, bem como, com elevação conhecida.
Essa metodologia (MDS) está sendo usada nas áreas em que não há a possibilidade de realizar os levantamentos com a topografia, isto é, de uma forma complementar.
Como a vista do MDS é “de cima”, um grande número de obstáculos não detectados anteriormente pela topografia são vistos com esta nova metodologia.
O uso de sensores embarcados em aeronaves permite realizar um monitoramento preciso e eficiente dos obstáculos nas áreas do PBZPA e PZPANA, permitindo ao operador de aeródromo cumprir todos os requisitos normativos do DECEA conforme constante na ICA 11-408.
A invasão de obstáculos nas áreas do PBZPA podem interferir não apenas na segurança de voo, mas também na operação das linhas aéreas que podem necessitar impor limitações de payload devido à obstáculos nas áreas de aproximação e decolagem, ocasionando em perda de receita nas operações tanto da linha aérea quanto do operador de aeródromo.
A análise de obstáculos em projetos aeroportuários
A análise de obstáculos é fundamental para garantir a operação segura e eficiente da aeronave. Envolve uma análise espacial de todos os obstáculos ao redor de um aeródromo contra uma superfície que representa níveis mínimos para realização das operações aéreas.
Para os planejadores é vital acompanhar os obstáculos temporários, bem como, permanentes dentro do aeroporto e seus perímetros de trajetória de voo.
A aerofotogrametria permite uma análise precisa e eficiente de obstáculos, para garantir que eles não penetrem ou ameacem as operações aéreas definidas nas diretrizes regulamentares.
Uma vez que o ambiente operacional de um aeroporto tenha sido modelado, analisar o impacto de objetos fixos, como edifícios, linhas de energia, postes de iluminação ou árvores/áreas arborizadas.
Além disso, esses mesmos modelos também podem ser usados para analisar de forma rápida e eficiente obstáculos temporários, como guindastes que podem permanecer no local por um período predeterminado, exigindo avisos especiais para aviadores e iluminação visível no local.
Estudo de caso – GRU Airport
A Base auxilia a GRU Airport, desde 2016, no monitoramento de obstáculos nas PBZPA e PZPANA através de levantamentos aerofotogramétricos quadrimestrais. Realizando os seguintes serviços:
- Monitoramento do PBZPA – Plano Básico de Zona de Proteção do Aeródromo;
- Monitoramento do PZPANA – Plano de Zona de Proteção de Auxílios a Navegação Aérea (LOC, GLIDE, IM, MM, OM, NDB, PAPI);
- Identificação dos obstáculos com coordenadas UTM e geográficas, altitude de base, altitude de topo, localização na zona de proteção e o quanto está violando a superfície;
- Imagem Ortorretificada (carta imagem);

Conte com as soluções Base para o segmento aeroportuário
A Base atua com diferentes soluções para projetos aeroportuários. Dentre os serviços estão a confecção dos PBZPA e PZPANA.
Além disso, realizamos a atividade de monitoramento de obstáculos nas áreas definidas pelos planos de proteção, em conformidade com as portarias e normas do COMAER.
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Contamos com vasta experiência no levantamento de e-TOD, elaboração de plantas cadastrais, assim como, planos de proteção para grandes operadores aeroportuários.
Por fim, isso nos confere toda a experiência e know-how para o fornecimento destas soluções.
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